Introdução

A dengue tem se destacado entre as enfermidades reemergentes e é considerada a mais importante das doenças virais transmitidas por artrópodes, sendo também a mais comum e distribuída arbovirose no mundo. No Brasil, a partir da década de 1980, iniciou-se um processo de intensa circulação viral, com epidemias explosivas que atingiram todas as regiões brasileiras. Com o passar dos anos, o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença sofreu diferentes mutações, o que fortaleceu o vírus já existente, ocasionando o surgimento de variações do vírus, além de trazer como conseqüência o aparecimento de outras doenças como a febre amarela e, atualmente, o zika vírus e a febre chikungunya. Atualmente, cerca de 70% dos municípios brasileiros estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti, vetor da doença no país, onde circulam quatro soros tipos do vírus. Na última década, a proliferação destas doenças tem-se apresentado como um dos principais problemas de saúde pública, uma vez que o mosquito transmissor possui hábitos de fácil adaptação e rapidez em sua reprodução. Diante do exposto torna-se evidente a necessidade de maiores investimentos em metodologias adequadas, para sensibilizar a população sobre a necessidade de mudanças de comportamento que objetivem o controle do vetor. Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo colaborar positivamente para a saúde publica apresentando como estratégia de enfrentamento o ensino prático das ciências.

Métodos

A proposta foi realizada de forma inicial com alunos dos primeiros anos do ensino médio integral do Colégio Estadual Conselheiro Carrão do município de Assaí – PR na disciplina de práticas experimentais. Esta foi elaborada visando contemplar o eixo temático “proliferação de insetos e animais transmissores de doenças” presente nas diretrizes curriculares da disciplina. A atividade foi realizada em três etapas iniciando-se com discussões sobre o mosquito Aedes Aegypti visando levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre a temática, nesta etapa foram apresentadas aos alunos as larvas do mosquito. No transcorrer da segunda etapa foram abordadas de forma teórica e prática todas as fases do desenvolvimento dos artrópodes. Juntamente foram apresentadas as doenças causadas pelo mosquito sendo elas: dengue, febre amarela, zika vírus e febre chikungunya, desde sua origem, até os sintomas e tratamento, além de promover um debate a respeito das condições ambientais que propiciam o surgimento de focos do mosquito, bem como sua proliferação. Por fim, na última etapa foi solicitado aos alunos sugestões de possíveis ações de combate e prevenção acerca das doenças.

Dados

Enfrentamento ao Aedes Aegypti no contexto Escolar


Temas

Saúde

Início do Projeto

02/2021 - 03/2021

Palavras-chave

Práticas Experimentais, prevenção, saúde pública, Aedes aegypti

Equipe Ciêntifica

Amanda Caroline Antunes Oliveira (Coordenador da Equipe)
Mayara Cainelli Lopes (Professor Colaborador)
Estephanie Karoline Pauliv Ferreira (Professor Colaborador)
Letícia Ayumi Tazima Sato (Aluno Capitão)
Davi Jun Ueno Rocha (Aluno)
Luiza Alves de Souza (Aluno)
Matheus Henrique Gomes de Souza (Aluno)
Eduarda Priscilla Miura (Aluno)

Escola

Colégio Estadual Conselheiro Carrão, Assai-PR

Resumo

A proliferação de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti tem-se apresentado como um dos principais problemas de saúde pública. Dessa forma evidente a necessidade de maiores investimentos em metodologias adequadas, para sensibilizar a população sobre a necessidade de mudanças de comportamento que objetivem o controle do vetor. Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo colaborar positivamente para a saúde publica apresentando como estratégia de enfrentamento o ensino prático das ciências, levando o aluno a compreender como o seu papel de cidadão protagonista é importante para a sociedade na prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Resultados

Os alunos através da observação das diferentes fases da metamorfose do mosquito Aedes Aegypti puderam compreender como ocorre o seu desenvolvimento e o local de reprodução. Partindo das medidas de enfrentamento ao Aedes Aegypti sugeridas pelos alunos obteve-se como resultado o projeto interdisciplinar de mobilização da escolar que se iniciou no mês de novembro de 2021 e se estenderá para o ano de 2022. Dentre as atividades organizadas pelo projeto está: - A construção de armadilhas com garrafa pet para todas as salas da escola. As armadilhas estarão sob responsabilidade dos alunos de cada sala e devem ser supervisionadas pelos professores de práticas experimentais. As armadilhas que ficarem nas salas que não são de aula devem serão supervisionadas pelos alunos dos 1º anos juntamente com seu professor. - A produção de repelente de ambiente e de pele produzidos pelos alunos dos 2° e 3° anos respectivamente na disciplina de práticas experimentais. - Elaboração de cartazes com orientações para prevenção desenvolvida nas aulas de artes. - “Palestras” organizadas por alunos representantes de turmas e protagonistas visando à conscientização e a importância de prevenir a reprodução do mosquito. - “Arrastões da dengue” visando recolher todo lixo que porventura estiverem no chão do colégio, inclusive nas áreas verdes, estas ocorrem de forma escalonada acompanhadas pelo professor da turma.

Discussão dos Resultados

Conclusões

Concluí-se que uma das formas de controle da epidemia da dengue é o combate do mosquito vetor, Aedes aegypti. Para a prevenção da doença é fundamental a participação da comunidade escolar por meio de uma mobilização social. Algumas das ações usadas como instrumento de sensibilidade na prevenção da doença foi à mobilização de toda a comunidade escolar. Onde os alunos levarão as armadilhas confeccionadas para suas casas, obtendo capturas do mosquito vetor da dengue, Aedes aegypti. Através das aulas administradas na disciplina de práticas experimentais, ampliaram-se os conhecimentos sobre a dengue, tornando-se algo muito positivo, para reduzir a incidência de casos. Assim, podemos enfatizar que a educação de práticas experimentais efetivas à construção do conhecimento e potencializa as ações na disseminação do combate contra a doença da dengue.

Referências

BRAGA, Ima Aparecida; VALLE, Denise. Aedes aegypti: histórico do controle no Brasil. Epidemiologia e serviços de saúde, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2007. LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje, Volume 1, 2 e 3. ed – Ed. Ática – São Paulo, 2017. MACIEL, Ivan José; JÚNIOR, João Bosco Siqueira; MARTELLI, Celina Maria Turchi. Epidemiologia e desafios no controle do dengue. Revista de Patologia Tropical/Journal of Tropical Pathology, v. 37, n. 2, p. 111-130, 2008.] RAGONHA, Flávio Henrique et al. A evolução e potencialização do Aedes aegypti em relação às doenças no Brasil e no estado do Paraná. Arquivos do MUDI, v. 22, n. 1, p. 48-78, 2018.

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