Discussão dos Resultados
Por se tratar de um ambiente úmido e propício para o desenvolvimento dos filhotes, as fêmeas põem seus ovos na parede do funil. Após a eclosão dos ovos, as larvas descem em direção à água, onde graças à presença do alpiste, o meio já se encontra rico em nutrientes e microrganismos, que são a principal fonte de energia para as larvas. Porém, após se alimentarem e consequentemente crescerem, as larvas não conseguem mais atravessar o micro-tuli de volta ao ar livre. Após a fase de metamorfose, os pernilongos, que além de não conseguirem atravessar o micro-tuli, ficam presos próximo à água, sem alimento e consequentemente, acabam vindo a óbito.
Conclusões
A armadilha desenvolvida no presente trabalho, apresenta-se como uma alternativa, simples, sustentável e barata para o controle vetorial de pragas como o mosquito da dengue, bem como com a proliferação de mosquitos comuns não transmissores de doenças, porém capazes de gerar transtorno aos seres humanos.
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