Introdução

Nos dias atuais, entendemos que o papel da arte vai além de um simples auxílio, ela contribui para o melhor desenvolvimento do homem em sua ética moral, no âmbito social e como ser político, a arte tem poder transformador. A produção artística passa a ser artigo de luxo onde os menos favorecidos dificilmente têm acesso às galerias de arte, museus, teatros, locais que forneçam aulas de artes plásticas ou que tenham apresentação de teatro, cinema e dança. Assim, o Centro de Arte e Vivência (CAV) contribui para a construção do conhecimento na sociedade. O Instituto abrigará seis salas de aula, uma biblioteca, um teatro e um espaço para exposições de arte, além disso, um espaço dedicado as comunidades periféricas. O surgimento do CAV no cenário das instituições culturais da cidade de Fortaleza-CE tem a missão de criar um acervo artístico e de definir estratégias museológicas que possibilitem o acesso da comunidade aos bens culturais. Trata-se de uma tentativa de aproximar os alunos de um relevante conjunto de obras, produzidas por artistas que levem a refletir de forma atual sobre as questões da contemporaneidade, proporcionando espaços poéticos-tácteis que saem da bidimensionalidade para a múltipla experiência sensorial, dando corpo teórico e experimental à interação entre o público e a obra, unindo arte e vivência, o CAV oferece um novo modelo distante daquele dos centros de arte urbanos. A experiência do CAV está em grande parte associada ao desenvolvimento de uma relação espacial entre arte e cidade, que possibilita aos artistas e alunos do projeto a criarem e exibirem suas obras em condições únicas. Assim, o espectador é convidado a percorrer pelo local, estabelecendo uma vivência ativa do espaço.

Métodos

Foi levado os alunos para visitações de exposições de arte do artista plástico Hélio Oiticica na Universidade de Fortaleza (UNIFOR), a qual os educandos podiam tocar e experimentar as obras de arte. Segundo o catálogo da exposição, a obra está classificada por Hélio como um de seus penetráveis, ou seja, uma de suas estruturas onde o espectador pode entrar e experimentar, além disso, a obra oferece condições efêmeras que contribuem para que seja levada a outros locais. Concebida em 1978, seu nome é Macaléia em homenagem ao músico Jards Macalé. Seu propósito é ocasionar uma experiência de libertação, de escapar da grade e, simultaneamente, encontrar um abrigo. Com aparência de uma jaula com grades pintadas em cores primárias, a obra permanece com a porta aberta. É possível entrar, fechar a porta e logo abrir para assim concluir o prazer da liberdade. A partir do conceito dessa exposição foi construído um projeto arquitetônico de um CAV em que possuirá uma estrutura arquitetônica efêmera por ser desmontável, o Itinerante refere-se que a estrutura será desmontável, totalmente acessível e poderá atender a várias regiões da cidade.

Dados

A ARTE AMBIENTAL INTEGRADA À ARQUITETURA EFÊMERA E ITINERANTE


Temas

Cidades Sustentáveis, Mobilidade Urbana (Acessibilidade), Invenções e Inovações

Início do Projeto

02/2021 - 03/2021

Palavras-chave

arte, ambiental, arquitetura, intinerante

Equipe Ciêntifica

Lucas Mathias (Coordenador da Equipe)
Lucas Andrade Uchoa (Aluno Capitão)
Luana Amorim Ramos (Aluno)
Lívia Araújo Chaves (Aluno)

Escola

EEMTI JHONSON , Fortaleza-CE

Resumo

O projeto destinou-se a elaboração de um projeto de um equipamento cultural de impacto social, ou seja, um Centro de Arte, o qual a estrutura é desmontável e o Itinerante pode ser levado a bairros diferentes podendo atender à várias comunidades da cidade de Fortaleza-Ceará, tentando aproximar o público de obras produzidas por artistas de diferentes partes do mundo, refletindo de forma atual sobre as questões da contemporaneidade e proporcionando espaços onde a produção artística será viável as favelas.

Resultados

A cidade de Fortaleza possui áreas ociosas que se constituem normalmente de espaços não construídos e não qualificados como áreas livres no interior do perímetro urbano de uma cidade, encontradas principalmente em regiões periféricas, locais aptos para receberem atividades públicas. Somando isso à necessidade de promover atividades artísticas para a população, será pesquisado a melhor forma de projetar um equipamento arquitetônico que possua um programa itinerante para assim fomentar e democratizar o acesso às atividades artísticas com baixo custo em tais localidades, criar a mistura de funções e desenvolver a arquitetura efêmera correspondente, colocando em prática a intenção de implantar na cidade espaços mutáveis com atrativos para a população. Para melhor desenvolvimento do projeto, foi escolhido um primeiro terreno localizado no Bairro Edson Queiroz, localizado entre as ruas Almir Pontes e Hil Moraes. O desenvolvimento do projeto não ficará limitado a este terreno, pois o intuito da proposta é a mobilidade da edificação. Para a seleção do terreno, foram avaliados os seguintes critérios: A. Ser um vazio urbano; B. Está próximo a uma comunidade carente; C. Ser de fácil acesso às escolas da região; D. O Bairro deve ser desprovido de grandes Centros Culturais; E. Ter área suficiente para abrigar as instalações do projeto.

Discussão dos Resultados

O terreno é estratégico, pois é rota de quase todas as escolas públicas e particulares do bairro favorecendo o acesso dos estudantes ao equipamento, além de critérios que favorecem a mobilidade e acessibilidade, criando, portanto, acessos e áreas abertas envoltórias, tão importantes quanto o ambiente construído. O CAV será composto de: salas de aulas, sala de administração, espaço para exposições, biblioteca, teatro, cantina e banheiros. Todos os espaços podem ser desmontados e transportados em caminhões com carreta nas dimensões 18,15 x 2,60.

Conclusões

O CAV é uma construção efêmera que atenderá por temporadas as comunidades da cidade. Os bairros e terrenos escolhidos para instalação itinerante seguirão critérios de distribuição, acessibilidade e mobilidade das áreas escolhidas, entretanto, ao considerar a construção como algo provisório no espaço, definimos a ideia de arquitetura como espaço construído, assim a configuração inclui todos os elementos que compõem o projeto, como o entorno, o edifício, o mobiliário e outros elementos na composição. O projeto é uma verdadeira soma de conceitos que hoje são necessários para a sociedade, ou seja, precisamos de arte, estimular nossa criatividade, entender o homem e sua história através de suas representações. É importante construir o indivíduo através de um pensamento crítico e racional que estabeleça a evolução intelectual através de suas habilidades artísticas

Referências

ARQUITETURA EFÊMERA OU TRANSITÓRIA. Disponível em: . BAIRRO EDSON QUEIROZ – HISTÓRIA. Disponível em: http://edsonqueirozbairro.blogspot.com.br/2012/11/historia.html. BENÉVOLO, L. História da Cidade. São Paulo: Editora Perspectiva, 1993 BENÉVOLO, Leonardo. “História da Arquitetura Moderna.” São Paulo: Editora. Perspectiva, 3ª edição, 2001. CENTROS CULTURAIS. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cultura/2009/11/centros- culturais – COLIN, S. Uma introdução à arquitetura. Rio de Janeiro. Editora UAPÊ, 2000 DESTACAR O ATO ESPONTÂNEO. ARQUITETURA ITINERANTE. Disponível em: . FERREIRA, M. (1), BREGATTO, Paulo Ricardo (2), D’AVILA, Márcio Rosa (3). Coordenação Modular e Arquitetura: Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade Modular. Coordination and Architecture: Technology, Inovation and Sustainable Development – Disponível em: . FICHA CATALOGRÁFICA HÉLIO OITICICA – estrutura corpo e cor/ Celso Favaretto e Paula Braga.

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