O projeto foi desenvolvido na disciplina de Práticas Experimentais, ainda durante as aulas remotas, onde o aluno com transtorno de espectro autista, Miguel Nogueira Moras, do 2 ano de Logística do EMTI, da E. E. Prof. Arlindo Pereira, teve auxílio da sua mãe Camila N. F. Moras e da professora de apoio Tênnica F. Mendes, para desenvolver o experimento INDICADOR ÁCIDO- BASE COM REPOLHO ROXO, sugerido pela professora Amanda Jardim. Este experimento visou reforçar os conceitos estudados na disciplina da BNCC, Química, e teve como objetivo levar o aluno a aprender a fazer um indicador ácido-base com repolho roxo e ver como ele muda de cor à medida que alteramos o pH do meio através de alguns produtos que usamos no dia a dia. De acordo com o site Educação Uol, Ácidos e bases são costumeiramente lembrados como substâncias químicas perigosas, corrosivas capazes de dissolver metais como se fossem comprimidos efervescentes. Mas a presença dos ácidos e base na nossa vida cotidiana é bem mais ampla e menos agressiva do que se imagina. A proposta desse projeto é embasada na estratégia de um ensino diferenciado, para a garantia de direitos, proteção e inclusão. É através da educação, envolvimento afetivo e do compromisso de toda a comunidade escolar, que essa mudança se faz possível.

A atividade experimental foi realizada pelo aluno, durante o REANP, com o auxílio da mãe, que providenciou os materiais abaixo listados: MATERIAIS: • repolho roxo; • água • liquidificador; • coador; • 9 copos transparentes ou béqueres; • caneta e etiquetas para enumerar os copos; • limão; • vinagre; • bicarbonato de sódio; • sabão em pó; • água sanitária; • detergente; • açúcar; • leite; E a organização e desenvolvimento do experimento seguiram o proposto no PET (Plano de Estudo Tutorado) de Práticas Experimentais, do 1 Bimestre de 2021, como descrito abaixo: DESENVOLVIMENTO: 1. Bata 1 folha de repolho roxo com 1 litro de água no liquidificador; 2. Coe esse suco, pois o filtrado será o nosso indicador ácido-base natural (se não for usar o extrato de repolho roxo na hora, guarde-o na geladeira, pois ele decompõe-se muito rápido; 3. Enumere cada um dos copos; 4. Coloque o extrato de repolho roxo nos 9 copos; 5. Acrescente nos copos 1 a 9 as seguintes substâncias, na respectiva ordem: água (filtrada ou mineral), água sanitária, sabão em pó, bicarbonato de sódio, açúcar, leite, detergente, vinagre e limão. 6. Observe as cores das soluções. Para permitir a aprendizagem significativa do aluno, a mãe organizou os produtos em fileiras e em ordem, com rótulos. Além disso, foi possível observar que a metodologia utilizada e o envolvimento do aluno na atividade proposta ocorreu. A metodologia experimental foi adaptada de: https://www.manualdaquimica.com/experimentos-quimica/indicador-acido-base-com-repolho-roxo.htm

Produção de um indicador ácido- base com repolho roxo por um aluno TEA em tempos de pandemia

Atividades STEM Brasil

02/2021 - 03/2021

autismo, prática , química, indicador

Amanda Jardim de Souza Vianna (Coordenador da Equipe)
Tênnica de Fátima Mendes (Professor Colaborador)
MIguel Nogueira Moras (Aluno Capitão)

Escola Estadual Professor Arlindo Pereira - Centro de Educação Politécnica, Poços De Caldas-MG

O projeto foi desenvolvido na disciplina de Práticas Experimentais, ainda durante as aulas remotas, onde o aluno com transtorno de espectro autista, Miguel Nogueira Moras, do 2 ano de Logística do EMTI, da E. E. Prof. Arlindo Pereira, teve apoio da sua mãe Camila N. F. Moras e da professora de apoio Tênnica F. Mendes, para desenvolver o experimento INDICADOR ÁCIDO- BASE COM REPOLHO ROXO, sugerido pela professora Amanda Jardim. Este experimento visou reforçar os conceitos estudados na disciplina da BNCC, Química, e teve como objetivo levar o aluno a aprender a fazer um indicador ácido-base com repolho roxo e ver como ele muda de cor à medida que alteramos o pH do meio através de alguns produtos que usamos no dia a dia. Como podemos observar no vídeo, o aluno Miguel mostrou algumas habilidades, como percepção da alteração de cor e volume dos líquidos. Além disso, é notório que houve concentração e autonomia do aluno durante a realização da atividade. E ainda, para levar o aluno a entender melhor o conceito de ácido e base, a mãe teve a ideia de fazê-lo provar um pouco de limão e um pouco de bicarbonato de sódio. Diante dos resultados, é possível afirmar que houve a consolidação do aprendizado.

Como podemos observar no vídeo, o aluno Miguel mostrou algumas habilidades, como percepção da alteração de cor e volume dos líquidos. Além disso, é notório que houve concentração e autonomia do aluno durante a realização da atividade. E ainda, para levar o aluno a entender melhor o conceito de ácido e base, a mãe teve a ideia de fazê-lo provar um pouco de limão e um pouco de bicarbonato de sódio.

Foi possível notar, como educadora, que o aluno Miguel apresentou êxito ao desenvolver o experimento, e dentro das suas limitações, conseguiu apreender significativamente, o conceito de ácido e base. Além disso, de forma integrada à visão da professora de apoio, pode-se afirmar que o aluno superou as expectativas esperadas, visto ter desenvolvido a atividade em REANP. De acordo com Jennifer Fogaça, do site Manual da Química, as substâncias presentes nas folhas de repolho roxo que o fazem mudar de cor em ácidos e bases são as antocianinas. Esse indicador está presente na seiva de muitos vegetais, tais como uvas, jabuticabas, amoras, beterrabas, bem como em folhas vermelhas e flores de pétalas coloridas, como as flores de azaleia e quaresmeira. As antocianinas são responsáveis pela coloração rosa, laranja, vermelha, violeta e azul da maioria das flores. Em água (pH neutro = 7), esse indicador tem coloração roxa, mas, ele muda de vermelho em solução ácida (pH < 7) para púrpura e depois verde em solução básica (pH > 7). No caso da solução ser fortemente básica, ele torna-se amarelo. E foi exatamente isso que o aluno fez, classificando as substâncias do seu cotidiano em ácidas e básicas.

Diante dos resultados, é possível concluir que houve a consolidação do aprendizado, visto que o trabalho de pesquisa e experimentação traz bons resultados e é uma forma diferenciada, onde é possível suprir as necessidade de aprendizagem de aluno autista, ajudando-o no desenvolvimento de competências e habilidades até então não adquiridas, desde cognitivas à sócioemocionais.

- https://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/acidos-e-bases-definicoes-de-arrhenius-bronsted-lowry-e-lewis.htm - https://www.manualdaquimica.com/experimentos-quimica/indicador-acido-base-com-repolho-roxo.htm - PET 1 (Plano de Estudo Tutorado) da Disciplina de Práticas Experimentais, MG, ano 2021